Viajando pelos campos de “O Morro dos Ventos Uivantes”
- Singular Junior
- 19 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Você já conhece esse livro? Se não, corra para lê-lo!
Um toque de mistério, personagens complexos e uma morbidez inexplicável: essas são as principais características da obra “O Morro dos Ventos Uivantes”, de Emily Brontë. Confesso que demorei um tempo para me render aos encantos do livro por estar saturada do gênero romance, mas, em apenas algumas páginas, me senti totalmente cativada pelos personagens e pela história.
O começo
Tudo começa com a visita do distinto Sr. Lockwood à estranha propriedade de Wuthering Heights, um local sombrio e sem vida. Logo de início, a visão que temos é apenas de que os moradores daquele local são rudes e que a propriedade está caindo aos pedaços. Nesse momento, conhecemos o Sr. Heathcliff mais velho, sem o brilho da juventude e com um suposto “olhar louco”. É apenas após uma franca conversa entre Lockwood e Nelly Dean, uma antiga serviçal do local, que as coisas começam a fazer sentido. No decorrer dessa conversa, a mulher conta a história dos protagonistas Heathcliff e Catherine, que por pertencerem a classes sociais diferentes, deixaram que o orgulho atrapalhasse seu amor. É aí, então, que conhecemos outros personagens, como Edgar Linton, Hindley Earnshaw e a própria Catherine Earnshaw.
Leia para saber tuuudo!
Não entrarei em detalhes da história, para não estragar a leitura. Mas algo que chamou minha atenção foram os personagens imperfeitos que a todo momento demonstram seu egoísmo, ira, inveja e sede de vingança. Esse temperamento instável de todos eles (especialmente dos protagonistas), foi o que me conquistou de vez. Assim como na vida real, eles se mostram humanos e muitas vezes são considerados anti-heróis de seu próprio romance. A paixão vivenciada por Heathcliff e Catherine, foge do clichê de amores perfeitos que sempre chegam ao “felizes para sempre”. Pelo contrário, ambos se mantêm tão firmes em seu orgulho, que acabam devastando a vida de vários ao seu redor.
Queria entrar lá e...
Admito que em diversos momentos tive vontade de entrar na história para “obrigar” os personagens a ficarem juntos, afinal, claramente um era o amor da vida do outro. Porém, como não seria possível, me contentei com a ideia de que, mesmo as almas feitas da mesma matéria, nem sempre nasceram para estar juntas. Uma obra que, sem dúvidas, me causou os mais diversos sentimentos e sempre terá um lugar todo especial na minha estante!
OBS: O livro possui diversas adaptações para o cinema, sendo a mais recente de 2011. OBS2: A famosa música Wuthering Heights de Kate Bush, foi composta com base na história de amor dos personagens principais.
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